Victory Road
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juanmards
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Qua Mar 14, 2018 10:45 pm
Beatrice Snicket sentia-se sortuda pela primeira vez na vida. A garota de 13 anos tinha deixado sua terra natal, na região de Alola, a fim de se livrar das superstições que perseguiam sua família. Agora estava livre para ser quem quisesse ser, a começar pelo próprio nome. Depois de lembrar os muitos apelidos que sua vó a chamava na infância, decidiu que dali para a frente se chamaria Becky.

Becky só não imaginava que a viagem até o misterioso continente de Cyndara seria tão longa. Ao fim do primeiro dia no navio, a garota já estava paranoica. Passou a primeira noite na cabine, imaginando que a qualquer momento a embarcação iria afundar. No segundo dia, a ansiedade tomou conta: foram horas e horas de desespero, afinal estava indo para um continente estranho, sozinha e sem planos para o futuro. No terceiro dia, porém, algo aconteceu para mudar seu humor.

O ovo que Becky trazia na mochila chocou, e dele saiu o menor Pokémon que Becky já vira na vida: uma Cutiefly. Becky recebeu a parceira nova com um grito. Nunca imaginou que um insetinho tão pequeno fosse sair daquele ovo. Com o primeiro Pokémon a seu lado, a treinadora novata não se sentiu mais ansiosa nem paranoica. Sentiu-se um pouco entediada, talvez, mas a sensação predominante foi de maravilhamento. Becky nunca tivera contato íntimo com um Pokémon antes (o único treinador de sua família era seu pai, que a garota não via há anos), por isso, qualquer coisa que a pequena Cutiefly fazia deixava Becky de boca aberta.

Mas ela dorme a maior parte do tempo. Será que é porque é um bebê ou é preguiçosa mesmo? - pensava.

Após alguns dias, Becky e Cutiefly avistaram de longe um frondoso farol. Isso significava que logo iriam chegar! Becky não sabia nada a respeito da cidade que a receberia, Nebula Town, por isso, quando abriu o Pokétch para ver onde estava se metendo, ficou decepcionada. Aquilo parecia muito com Alola!

A gente sai de Alola, mas Alola não sai da gente. - pensou.

Mesmo assim, Becky quis ser a primeira a descer do navio. Já não aguentava mais ficar rodeada por água. Cutiefly dormia no seu ombro esquerdo, como se costume (a garota achava desnecessário deixar um Pokémon tão miúdo na Pokéball). Porém, parecia que Becky não era a única ansiosa para deixar o navio: uma multidão se espremeu para passar pela ponte que ligava a embarcação à terra firme.

Becky foi empurrada para lá e para cá, mas conseguiu chegar ao porto intacta. Segundos depois, porém, quase teve um ataque cardíaco ao se dar conta de que algo lhe faltava. Seu ombro esquerdo estava mais leve do que antes. A garota soltou um palavrão alto enquanto o estômago despencava de sua barriga. Cutiefly tinha sumido.


Última edição por juanmards em Qua Mar 21, 2018 10:12 pm, editado 2 vez(es)
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Qui Mar 15, 2018 12:40 am
Cyndara, mais precisamente Nebula, queimava com os últimos raios de sol do final do verão, que agora aqueciam as águas do continente como nunca. A sensação térmica era muito alta e mesmo com a brisa oceânica que varria Nebula Isle, os desavisador que estivessem sem protetor solar poderiam pegar uma insolação das boas. As águas continentais, apesar de tudo, estavam paradas e isso delongava um pouco a viagem, que fazia Becky, nossa heroína, ficar ainda mais ansiosa para a chegada. A garota que resolveu romper com a tradição de sua família Ula'Ulana (se é que este que vos fala tem permissão para neologismos) e aventurar-se em um continente totalmente desconhecido por ela.

Durante alguns dias de viagem, a ansiedade tomava conta da menina, que tão nova já aventurava-se por aí apenas com um ovo de pokémon. Ai se a professora Lullaby me ouvisse dizer isso! Já posso até imaginá-la surtando: "como alguém sai em jornada sem um pokémon viável para batalhar? Isso é inadmissível! Com tanto Rattata por aí!". Mas isso está longe de intimidar nossa jovem heroína, que acabara de avistar o Farol de Onico, e sinalizava que o continente estava cada vez mais próximo. A qualquer hora ela poderia desembarcar no continente! Antes que pudesse ficar mais ansiosa, o ovo começou a rachar, e dele saiu uma mosquitinha pequena que voava ao redor de sua cabeça. A pequena Cutiefly agraciava sua nova treinadora, que nunca tinha cuidado de um pokémon antes e estava totalmente perdida do que e como fazer.

Nebula se fazia cada vez mais perto. Um cardume de Goldeens saltava para fora da água fazendo muitas acrobacias. Era lindo ver a energia que este novo começo trazia à garota. Finalmente a embarcação aportou e a garota saiu. A vista não te agradou muito já que ela julgou Nebula muito parecida com seu local de origem. O que ela não sabia era que Nebula era um lugar único, até mesmo se tratando do resto de Cyndara. Digamos que, ela descobrirá isso mais cedo ou mais tarde.

Todos se preparara para o desembarque e logo uma fila Gyaradesca se formou. Todos estavam com muita pressa de pisar no solo Nebulino: Muitos com saudade de casa; Muitos enjoados pelo balanço da embarcação em alto mar; E muitos sedentos por um recomeço em suas vidas. Becky então colocou Cutiefly aconchegadamente em seu ombro e a deixou repousar ali mesmo, afinal o que de ruim poderia acontecer? Pois bem. No compasso das pessoas saindo do S.S. Lugia, a garota se deixou levar, e ao pisar em solo firme se deu conta de que sua pequenina companheira não estava mais perto dela. Por onde andaria Cutiefly? Será que havia caído de seu ombro e sido pisoteada pelas pessoas? Pobre Cutiefly.

A resposta não demorou a chegar. Diante de seus olhos, o pequenino bebê pairava no ar, tentando fazer alguns movimentos desajeitados, treinando seu vôo, já que ainda não possuía técnica suficiente em poucas horas de nascimento. Próximo a ela estavam outras Cutieflies, voando ao redor e parecia que estavam ensinando alguns truques à pequenina. Cava vez mais elas estavam levando a abelhinha para longe e talvez a tivessem aceitado no grupo delas, já que Cutieflies são pokémons comuns em Nebula.

Os turistas iam subindo a cidade, saindo da praia. Alguns nativos iam enveredando pelos atalhos já conhecidos entre uma rua e outra e cada vez mais a praia ia ficando deserta, apesar de estar fazendo um ótimo sol para pegar um bronzeado. No tempo que permaneceu parada, Becky não percebeu mas estava sendo visada por algo ou alguém. Um pokémon sorrateiro que estava atrás de tirar um sarro de alguém. Aliás, esse era seu passatempo preferido. A ave sobrevoou sua cabeça e largou o que se pode dizer... É... Uma esfera úmida, que chocou-se com os sedosos cabelos da menina, lançando a sujeira para todo lado. O pokémon caiu na gargalhada.

Sentada ali próximo, estava uma mulher de semblante calmo. Ela tinha uma cabelo liso e negro amarrado em um coque frouxo, usava um camiseta bem simples justa azul escuro, uma saia longa rodada e chinelos. Seus olhos eram prateados, e isso era muito marcante, já que não é uma característica comum, pelo menos em Cyndara. Sua pele é muito branca e ela cheirava a protetor solar, já sabemos o motivo, não é mesmo? Vendo a cena digna de um programa de pegadinhas, a mulher vocalizou para a garota: 


-Esse é Tuloose. É um pokémon selvagem mas conhecido de todos nós aqui. Ele é muito gaiato mas é um bom pokémon, perdoe ele. -O pokémon caiu na gargalhada mais uma vez, dessa vez voando mais próximo de Becky, afrontando a garota sem pena.


Última edição por Necrozma em Seg Mar 19, 2018 1:54 am, editado 1 vez(es)
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Sáb Mar 17, 2018 8:44 pm
Por Arceus, eu não acredito que perdi meu único Pokémon no primeiro dia de jornada!

Becky desceu do navio no porto de Nebula Town já almadiçoando a falta de sorte, aquele continente novo e todos os malditos que a empurraram até chegar à terra firme. Não acreditava que a Cutiefly que dormia tranquila no seu ombro tinha sumido assim tão de repente. Foram segundos inconsoláveis até a garota se dar conta do enxame de mosquitinhos que sobrevoava as cabeças dos transeuntes naquela tarde ensolarada de verão. Depois de um momento ou dois observando os insetos, o coração de Becky se aqueceu como um Camerupt. Lá estava sua Cutiefly, a menorzinha dos menorzinhos, a mais desajeitada e a única com jeitinho de bebê.

Ela parece ter encontrado a turma dela. - pensou.

Becky começou a achar que Cutiefly já a havia abandonado (o que não seria nenhuma surpresa, já que ela não tinha o menor jeito para ser treinadora), mas logo o pequeno Pokémon retornou do voo com seus colegas de espécie e tocou as bochechas da menina com seu nariz.

Será que isso é um beijo? Que fofinha!

Cutiefly voltou a voar com os outros, e Becky se orgulhou de si mesma por parecer estar fazendo um bom trabalho com seu primeiro Pokémon. A garota passou a questionar se não deveria ter começado seu interesse por Pokémon antes, quando, ironicamente, um Pokémon a trouxe de volta para seu estado de pessimismo de sempre.

Que merda é essa? - gritou, enquanto limpava suas tranças do que parecia ser, bem... merda.

Um Pokémon sobrevoou a cabeça de Becky, jogou alguma coisa sobre sua cabeça e posou perto de uma mulher branca como um Lugia. A ave fazia um som que soava como risada. Estaria um Pokémon realmente tirando sarro da cara de Becky? A mulher branca de olhos prateados logo identificou aquele Pokémon como Tuloose e pediu que Becky o perdoasse. Becky nunca tinha ouvido aquele nome, tampouco visto aquele Pokémon, mas a ira que sentia por ter seus cabelos sujos ultrapassava qualquer curiosidade. A garota não queria saber.

Faça o favor de controlar seu Pokémon se não quiser vê-lo assado numa travessa. - disse num acesso de fúria.


Última edição por juanmards em Qua Mar 21, 2018 10:13 pm, editado 1 vez(es)
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Seg Mar 19, 2018 1:22 am
Os raios fortes do sol acariciavam a pele das pessoas do local com um beijo ardente e traiçoeiro, pois no fim do dia elas teriam o revés. A brisa oceânica que bailava com Tuloose diminuía a sensação térmica do local, mas não era o bastante para fazer com que a vontade de ficar apenas com roupas de banho cessasse. O pássaro dava várias gaivotas no ar. Um breve instante, pousou próximo à moça, que o acariciou, gentil como sempre, desfazendo sua boca semiaberta de gargalhada, tornando-a um singelo e aconchegante sorriso capaz de derreter o mais gelado dos Beartics. A ave alçou voo mais uma vez grunhindo bastante, ao que parecia ser uma gargalhada. Ao que parece, ele tinha avistado outra vítima. Eis que sai do barco a última passageira.

A garota, muito charmosa, desceu do S.S. Lugia com seus cabelos longos e negros dançando ao vento. Seu vestidinho comportado transparecia que era uma pessoa com um certo nível social, e seu porte confirmava isso. Modos não lhe faltavam. Suas grossas sobrancelhas negras contrastavam com o tom alvo de sua pele, que por sua vez amplificava a beleza de seus negros olhos ao mesmo tempo que era marcada por leves sardas nas maçãs do rosto e nariz. Assim que a menina avistou a moça, sorriu, e logo recebeu outro sorriso em resposta. Ela não sabia o que estava por vir, apesar da mulher já imaginar o que Tuloose pretendia. Ouvindo o que a garota disse, a mulher voltou-se para a conversa esquecendo da garota que acabara de aportar.

-Desculpe... Ele não é meu pokémon. Ele é um pokémon selvagem que vive aqui pela ilha. Ah, pobre Tuloose. Quem sabe um dia... -A moça fora interrompida por uma exclamação... Tuloose havia feito outra vítima!

-Ahhh não! Eu me arrumei tanto para chegar deslumbrante e estar impecável ao me apresentar para a senhora... -Exclamou a garota em tom desapontado.

-Mil perdões! Eu ia te avisar quando me perdi aqui na conversa com esta simpática dama a qual também foi alvejada pelo danado do Tuloose. Bem... Vocês já o conheceram, e ao que parece ficarão um tempinho em Nebula, o bastante para tomar cuidado com suas brincadeiras.

A moça aproximou-se das duas garotas, formando uma espécie de roda de fofoca. Tirou um pano do bolso, pediu licença e limpou (ou pelo menos tentou) Becky, e em seguida, tentou limpar a outra garota.

-Ah! Não me apresentei formalmente: Meu nome é Gisella. Prazer em conhecê-la pessoalmente! -Gisella inclinou-se um pouco para fazer uma reverência, suspendendo as laterais de seu bonito vestidinho azul claro. Virou-se então para Becky. -Prazer em conhecê-la também... Er... Como é seu nome?

-O prazer é todo meu, Gisella. Eu já ia falar com essa distinta senhorita sobre o seu pokémon, mas agora que você juntou-se a nós, essa lição será de grande valor e será a sua primeira, aqui em Nebula. -Elegantemente ela suspendeu seu saião rodado e o sacudiu. Tirou seu leque da cintura, ajeitou seus óculos e entregou às meninas. Talvez para que elas amenizassem o calor do momento. -Aquela é sua Cutiefly, certo? -Sem esperar resposta de Becky, prosseguiu. -Ela ainda é um bebê. Não dou mais do que três dias de chocada. Esse tipo de pokémon sai por aí caçando flores para coletar o néctar e o pólen. Como ela é um bebê, será muito fácil você perdê-la de vista e ela seguir caminho com as outras e não conseguir mais vê-la novamente. Fique sempre perto dela e não deixe que fique muito tempo com as outras, pois elas têm um senso de grupo muito forte e pode despertar o interesse tanto dela em permanecer, quanto das outras em tê-la em equipe.

Cutiefly seguiu voando e brincando com as outras. Parecia estar se divertindo bastante com suas novas amigas e estas, por sua vez, pareciam estar adorando ensiná-la novos truques. Uma delas voou alto e lançou um pequeno turbilhão de um misterioso ar cor-de-rosa. A abelhinha de Becky repetiu, desajeitadamente, o movimento. Talvez elas estivessem treinando e afiando as habilidades da insetinha. Elas desfizeram a formação rapidamente quando sentiram a aura de Tuloose acima delas, ora, possivelmente já deveriam estar acostumadas com a ave traquina. A Cutiefly da Ula'Ulana por sua vez não sabia ao certo como interpretar aquela sensação e possivelmente ficou um pouco perdida ali. Dessa vez, o próprio passarinho se assustou com a evasiva rápida das abelhas e recuou, mas ninguém poderia afirmar se ele não voltaria.

-Você não pode fazer nada a respeito dele, senhorita Arya? -Indagou a recém chegada.

-Receio que não, meu anjo. Tuloose não possui treinador ou alguém que receba ordens. Ele se afeiçoou a mim, por eu ser amante dos pokémon e tomar conta dele quando ele se mete em uma encrenca pesada. Este é o território dele, e nós somos os intrusos. -Antes que Arya pudesse prosseguir, Tuloose retornara. Cutiefly estava sozinha.

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Off: seu pokétch possui uma pokédex imbutida, então você pode usá-lo como se fosse o compowder das espiãs demais (LOL) para escanear os pokémons e ter informações deles, como o Lvl, nome, tipo, número, habilidade e, claro, registrá-lo na pokédex (caso seja a vibe de sua personagem fazer essas coisas)
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Qua Mar 21, 2018 11:03 pm
Becky estava irritada. Aliás, irritada era pouco: a garota estava furiosa.

Isso não só porque tinha acabado de ser vítima das traquinagens de um Pokémon arteiro, mas por um conjunto de fatores que vinham se acumulando desde que deixara Ula'ula. O primeiro de todos é que era a primeira vez que a jovem de 13 anos viajava sozinha. Só de pensar que não teria a avó para livrá-la de apuros, a cabeça de Becky já doía. Em segundo lugar, a viagem de navio não fora extatemente confortável: o mar tinha sido traiçoeiro, e aqueles foram dias em que a menina, que não costumava fazer amigos facilmente, não tinha se comunicado com ninguém a não ser seu Pokémon. Por fim, o último fator que a preocupava era justamente esse: o Pokémon que tinha saído do ovo. Cutiefly era tão boazinha, mas Becky já não se aguentava de preocupação. A garota simplesmente não sabia se poderia se tornar uma boa treinadora, já que nunca tinha se interessado por Pokémon antes.

E a cereja no topo do bolo para acabar de vez com o humor de Becky foi a recepção bizarra que recebera no porto de Nebula. A mulher misteriosa de olhos prateados veio prestar socorro depois do incidente, mas Becky, na verdade, queria que ela fosse embora e a deixasse em paz. A garota pensava isso quando um grito atrás de si chamou sua atenção. Antes de se virar, Becky já sabia o que era: aquela ave dos infernos tinha feito outra vítima! Uma menina com jeito de patricinha estava coberta de caca de Tuloose. Becky não pôde conter um sorrisizinho malicioso ao ouvir a recém-chegada reclamar que tinha se arrumado toda para encontrar a mulher, que continuava no encalço das duas garotas, tentando limpá-las e pedindo desculpas.

Quem é essa gente, afinal?

Em instantes, a pergunta não dita de Becky foi respondida, em partes, pela menina, que disse se chamar Gisella. Agora que estavam perto uma da outra, Becky lembrou-se de ter visto a garota no mesmo navio que ela.

Meu nome é Becky. - respondeu ela meio relutante, afinal não tinha ido muito com a cara da menina. - Quem são vocês e o que está acontecendo aqui?

Antes que pudesse ouvir uma resposta, porém, um furdunço no céu chamou a atenção de Becky. O pássaro arteiro tinha voltado, e sua Cutiefly, que há segundos atrás voava com seus novos amigos, estava sozinha.

CUTIEFLY! - gritou Becky, com medo de que o Tuloose machucasse seu bebê.

Depois de passado o susto, Becky se deu conta de que Cutiefly era um Pokémon, e um Pokémon que sabia se virar, pelo visto, dado o golpe que ela vira Cutiefly performar com os outros de sua espécie. Será que o mosquitinho seria capaz de mostrar àquele pássaro chato quem é que manda? Becky não conhecia muito sobre Pokémon, mas conhecia o suficiente para saber que voador ganhava de inseto. Mas será que o Tuloose não teria um tipo secundário fraco contra a tipagem fada da Cutiefly? A garota sacou o Pokétch da mochila ansiosa para descobrir.
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Qua Mar 21, 2018 11:58 pm
Cutiefly estava confusa com tudo aquilo. As sensações de aura, que ela não sabia interpretar direito, o bando de sua espécie que lhe recebera mais cedo, a própria treinadora que havia conhecido a pouco -embora a embarcação tenha potencializado a interação e estreitado os laços entre elas- e tinha como mãe, o calor desgastante de Nebula, e, Toloose. O pássaro sarrista estava atacado naquele dia, e provavelmente escolheu o dia errado para estar. O sol parecia que fazia tudo ficar mais irritadiço e propenso à combates. Em seu regresso, não esperava que uma rajada de um vento rosáceo fosse fracamente disperso em sua direção. se assustou de novo, mas levou na brincadeira. Tomara espaço e se preparava para voltar.

Enquanto isso, Becky estava completamente estressada pela viagem, e por todo aquele estardalhaço no seu começo de viagem. Alguns treinadores são recebidos em sua partida com um lindo arco-íris, Ho-Oh planando no céu e uma linda pena de suas asas. Outras são recebidas com dejetos de pássaro. Furiosamente, então, apontou seu pokétch para a ave e espero o scan completar-se. Obteve as seguintes informações:

Spoiler:

Arya mantinha calmamente o olhar fixo em Becky, talvez tentando prever seus movimentos, tentando imaginar o que a garota faria com um pokémon tão jovem para sair daquela situação contra um oponente mais desenvolto. Gisella fez menção em sacar uma pokébola para ajudar, mas recebeu uma olhada de canto de olho da mulher, que lançou-lhe um sorriso e balançou levemente a cabeça em negação. Voltando-se para o que estava acontecendo, de braços cruzados, ela cruzou os braços e mirou Cutiefly por um instante, enquanto fingia não se importar com a apreensão evidente no rosto de Gisella. Toolose não deve ter percebido que o pokémon tinha uma treinadora. Ele estava voltando.
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Qui Mar 22, 2018 12:35 am
Becky estava apreensiva, mas mesmo assim sentia a adrenalina subindo em seu corpo enquanto sacava o Pokétch em direção ao oponente. O aparelho mostrou que o inimigo se chamava Wingull e era do tipo água e voador.

Mas por que diabos então essa mulher chamou ele de Tuloose? - pensou ela, confusa.

Depois de ver mais nitidamente a foto do Pokémon, Becky se deu conta de que já tinha visto muitos deles pelo céu de Alola. Alguns maiores que aquele inclusive podiam fazer chover.

A treinadora ainda estava indecisa. Será que Cutiefly aguentava uma batalha contra aquele Pokémon? Becky sabia que estaria em desvantagem por causa do tipo voador, mas e o tipo água? Será que fada ganhava de água? Becky não fazia ideia das vantagens e fraquezas do tipo fada. Mesmo assim, nem passou pela sua cabeça pedir ajuda às duas pessoas que estavam com ela. Orgulhosa, preferia fazer tudo sozinha.

Então a garota teve um insight. Já tinha usado o Pokétch para registrar a Cutiefly e, nessa ocasião, viu que ela era capaz de usar o Absorb, um golpe que recupera um pouco da energia de quem o usa.

Se a coisa ficar punk, pelo menos nós podemos nos recuperar.

Assim, sem pensar mais, ordenou:

Cutiefly, use o Fairy Wind! E seja o que Arceus quiser.
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Qui Mar 22, 2018 2:07 am
Uma brisa soprou levemente os cabelos castanhos de Becky levemente. Wingull também alterou um pouco a sua rota de vôo. Cutiefly tentara voltar para perto de sua mamãe, que tinha outros planos. O vento cessou. A garota estava determinada a batalhar, e um pouco confusa quanto a sua tática de batalha, não queria pedir ajuda e nem conselhos. Resolveu então descobrir empiricamente, da sua própria maneira!

-Cutiefly, use o Fairy Wind!

A abelhinha, que sentia-se perdida e confrontada por algo que nunca tivera visto antes, agora encontrava forças -e direcionamento- para bater de frente contra o inimigo. Ela voou o mais alto que pôde, ainda um pouco desengonçada, e com determinação, bateu suas minúsculas asinhas o mais rápido que conseguiu, fazendo o ar a sua volta adquirir uma coloração rósea e avançar contra a ave. Mas o pequeno inseto ainda não dominava bem sua técnicas -e ninguém esperava que ela precisasse, já que era uma recém nascida- criando uma rajada de ar mal executada que fez Toloose perceber o perigo e desviar a tempo. Ainda bem que pelo menos ela recebera uma aula grátis das irmãs de espécie, se não estaria frita!

O gaivota não deixou por menos e deu um mergulho rasante focando na abelhinha. Ele estava muito entusiasmado e parecia estar levando tudo na brincadeira. Parecia ser a diversão que ele estava procurando, aquele encrenqueiro. Ele planou perto de Becky e mandou-lhe um jato d'água direto na cara! Se acabou de rir, o danado. Respingou água para tudo que é lado, inclusive, mas naquele calor, ninguém reclamara. Rindo mais do que tudo, Tuloose acabou fazendo algo que NUNCA se deve fazer numa batalha pokémon: baixar a guarda. Cutiefly aproveitou-se disso e tentou mais uma vez o Fairy Wind, dessa vez, com mais sucesso! Parecia que ela estava pegando o jeito para a coisa. O Wingull desceu ligeiro em direção ao chão, mas conseguiu manter o voo no último instante. Ele passou a dar mais importância à adversária e voltou-se para ela, lançando-lhe um grunhido diferente. Não era um som que assemelhava-se a uma gargalhada como nas vezes anteriores, e sim um ameaçador. Cutiefly ficou um pouco acuada para desferir ataques físicos contra o passarinho, que voava em sua direção.

Arya caiu na gargalhada quando Becky recebeu o jato d'água, e achou encantadora a atenção que Toloose lhe dava. Na cabeça dela, talvez, houvesse um laço se formando ao que aos olhos de Gisella parecia pura implicância mesmo. O sorrisinho de canto de boca que a mulher deixara escapar quando a abelhinha acertou lançar o Fairy Wind foi visível para a outra garota, que ficou mais pensativa ainda. O que será que a mulher queria deixando a novata batalhar com um pokémon que, embora selvagem, fosse de sua estima? Cutiefly olhou para Becky aguardando as próximas ordens.

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Off: Você pode dar até três comandos ao seu pokémon
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